Juventude e políticas ambientais: a percepção e os discursos de jovens brasileiros

Visualizações: 736

Autores/as

  • Antonio Teixeira de Barros Programa de Mestrado em Ciência Política do Centro de Formação da Câmara dos Deputados.

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.462

Resumen

Analisa as percepções e os discursos de jovens brasileiros sobre as políticas ambientais na atualidade, com base em questionário com perguntas abertas e fechadas. A ênfase é nas respostas abertas, as quais apresentam as justificações dos respondentes para as questões postas. O suporte teórico utiliza contribuições da sociologia ambiental e da sociologia da juventude. As principais conclusões indicam que a percepção dos respondentes é predominantemente pessimista, acreditando que o Brasil está regredindo em suas políticas ambientais. Quanto às autoridades eleitas que atuam ou já atuaram na defesa do meio ambiente, os jovens reconhecem em especial os vereadores, prefeitos e deputados estaduais, o que demonstra a primazia das políticas locais na percepção da juventude. Mais do que o ato de proferir discursos, os jovens atribuem importância à participação dos agentes públicos no debate ambiental qualificado com vistas à proposição de mudanças ou de aperfeiçoamentos das políticas ambientais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Antonio Teixeira de Barros, Programa de Mestrado em Ciência Política do Centro de Formação da Câmara dos Deputados.

Doutor em Sociologia pela Universidade de Brasília (1999). Docente e pesquisador do Programa de Mestrado em Ciência Política do Centro de Formação da Câmara dos Deputados.

Citas

REFERÊNCIAS

AB'SÁBER, Aziz Nacib. Do código florestal para o código da biodiversidade. Biota Neotropica, v. 10, n.4, p. 331-335, 2010.

ACSELRAD, Henri. Discursos da sustentabilidade urbana. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v.1, n.1, p. 79-90, 2011.

ATTIAS-DONFUT, Claudine. Sociologie des générations: l'empreinte du temps. Paris: Fenix, 2015.

AUTIO, Minna; HEINONEN, Visa. To consume or not to consume? Young people’s environmentalism in the affluent Finnish society. Young, v.12, n.2, p. 137-153, 2004.

BAQUERO, Marcello; CREMONESE, Dejalma. Eleições municipais 2008: uma análise do comportamento eleitoral brasileiro. Editora da UNIJUÍ, 2009.

BARROS, Antonio Teixeira. A Agenda Verde Internacional e seus Impactos no Brasil. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, v. 9, n.2, p.169-183, 2015.

BARROS, Antonio Teixeira; Lúcio Meireles Martins. Impactos do Parlamento Jovem Brasileiro na motivação e participação política partidária dos egressos. Revista Debates, v.10, n.2, p.95-114, 2016 95.

BARROS, Antonio T; MARTINS, LÚCIO M. Juventude e engajamento político despartidarizado: estudo sobre os egressos do Parlamento Jovem Brasileiro (2004-2013). Revista Latitudes, v. 11, n. 1, p.205-254, 2017.

BARROS, Antonio Teixeira. 2015a. Política partidária e meio ambiente: a adesão dos partidos políticos brasileiros à agenda verde. Opinião Pública, v.21, n.3: 693-733. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/op/v21n3/1807-0191-op-21-3-0693.pdf Consultado em 25/01/2018.

BARROS, Antonio Teixeira. 2015b. Agenda Verde Internacional e seus Impactos no Brasil. Revista de Estudos e Pesquisas Sobre as Américas, v.9, p.160-191.

BARROS, Antonio Teixeira. The Internet as environmental media: strategies of Brazilian political parties. Ambiente & Sociedade, v.20, n.1, p.183-202, 2017a.

BARROS, Antonio Teixeira. Brazil’s Discourse on the Environment in the International Arena. Contexto Internacional, v.39, n.2, p. 421-442, 2017b.

BARROS, Antonio Teixeira. Ambientalistas acidentais: a adesão dos partidos políticos brasileiros ao liberalismo verde. Colombia Internacional, v.94, p.111-141, 2018a.

BARROS, Antonio Teixeira. A Esquerda Verde: Partidos Políticos e Ambientalismo Radical no Brasil. Dados, v. 61, n.2, p. 503-540, 2018b.

BIERMANN, Frank. A World Environment Organization: solution or threat for effective international environmental governance? London: Routledge, 2017.

BOURDIEU, Pierre. A juventude é apenas uma palavra. In: BOURDIEU, Pierre. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983, p.112-121.

BRAND, Ulrich; WISSEN, Markus. Strategies of a Green Economy, contours of a Green Capitalism. 2015. In: VAN DER PIJL, Kees (Ed.). Handbook of the international political economy of production. Northampton: Edward Elgar Publishing, 2015.

BROWN, Lester R.; WOLF, Edward C. Reclaiming the future. New York: W.W. Norton, 1988.

BRUNET, Ignasi; PIZZI, Alejandro. La delimitación sociológica de la juventud. Última década, v. 21, n. 38, p.11-36, 2013.

BURNS, Tom R. Sustainable development: Agents, systems and the environment. Current Sociology, v.64, n.6, p.875-906, 2016.

CHAFFIN, Brian C. et al. Transformative environmental governance. Annual Review of Environment and Resources, v.41, n.123, p.399-423, 2016.

CHAKRABARTY, Dipesh. The politics of climate change is more than the politics of capitalism. Theory, Culture & Society, v. 34, n. 2-3, p. 25-37, 2017.

CHAMBOREDON, Jean-Claude. Jeunesse et classes sociales. Paris: Éditions Rue d'Ulm, 2015.

COFFEY, Julia; FARRUGIA, David. Unpacking the black box: The problem of agency in the sociology of youth. Journal of Youth Studies, v. 17, n. 4, p. 461-474, 2014.

DUNLAP, Riley E.; BRULLE, Robert J. Climate change and society: Sociological perspectives. Oxford University Press, 2015.

DUNLAP, Riley; MCCRIGHT, Aaron; Yarosh H. JERROD. 2016. The political divide on climate change: Partisan polarization widens in the U.S. Environment: Science and Policy for Sustainable Development, v.58, n.5: 4-23, 2016.

FLORENTINO, Renata. Democracia Liberal: uma novidade já desbotada entre jovens. Opinião Pública, v. 14, n.1, p. 205-235, 2008.

FUNG, Archon. Receitas para esferas públicas: oito desenhos institucionais e suas consequências. In: Coelho, V. S. P., Nobre, M. Participação e deliberação: Teoria democrática e experiências institucionais no Brasil contemporâneo. São Paulo: editora 34, p. 173-209, 2004.

FRANCHINI, Matías et al. The challenges of the anthropocene: from international environmental politics to global governance. Ambiente & Sociedade, v.20, n.3,p.177-202, 2017.

GAUTHIER, Madeleine. La jeunesse: un mot, mais combien de définitions. Définir la jeunesse, n.43, p.9-27, 2002.

GALLAND, Olivier. Sociologie de la jeunesse. Paris: Armand Colin, 2017.

GONDIM, Sônia Maria Guedes; FISCHER, Tânia. O discurso, a análise de discurso e a metodologia do discurso do sujeito coletivo na gestão intercultural. Cadernos Gestão Social, v. 2, n.1, p.9-26, 2009.

GOHN, Maria da Glória. Os jovens e as praças dos indignados: territórios de cidadania. Revista Brasileira de Sociologia, v.1, n.2, p.205-221, 2013.

GIDDENS, Anthony. The politics of climate change. Cambridge, Cambridge University Press, 2009.

HANNIGAN, John. Environmental sociology. London: Routledge, 2014.

INGLEHART, Ronald. La revolución silenciosa. Princeton: Princeton University Press, 1977.

IRAZÁBAL, Clara. City making and urban governance in the Americas: Curitiba and Portland. London: Routledge, 2017.

IRWIN, Alan. Sociology and the environment: a critical introduction to society, nature and knowledge. Cambridge: John Wiley & Sons, 2013.

JACOBBI, Pedro; GIATTI, Leandro Luiz. Nexos para a sustentabilidade: a busca por uma nova racionalidade. Ambiente & Sociedade, v.20, n.2, p.12-24, 2017.

KRISCHKE, Paulo J. Ecologia, juventude e cultura política. Estudos em Jornalismo e Mídia, v.3, n. 2, p. 161-167, 2008.

LAGREE, Jean Claude. De la sociologie de la jeunesse à la sociologie des générations. Les Sciences de l'éducation pour l'ère nouvelle, v.3, n.4, p. 19-27, 1992.

LEFÈVRE, Fernando; LEFEVRE, Ana Maria Cavalcanti; Teixeira, Jorge Juarez Vieira. O Discurso do Sujeito Coletivo. Uma nova abordagem metodológica em pesquisa qualitativa. Caxias do Sul: EdUCS 2000.

LEFF, Henrique. Political ecology: a Latin American perspective. Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente, n.35, p.29-64, 2015.

LEFF, Henrique. 2017. Power-knowledge relations in the field of political ecology. Ambiente & Sociedade, v.20, n.3, p.225-256, 2017.

LIM, Michelle; SØGAARD JØRGENSEN, Peter; WYBORN, Carina. Reframing the sustainable development goals to achieve sustainable development in the Anthropocene—A systems approach. Ecology and Society, v. 23, n.3, sem paginação, 2018.

LINSTONE, H. A.; TUROFF, M. The Delphi method: techniques and applications. Massachusetts: Addison-Wesley, 1975.

LOZANO VICENTE, Agustín. Teoría de teorías sobre la adolescencia. Última década, v. 22, n. 40, p.11-36, 2014.

LUKE, Timothy W. The climate change imaginary. Current Sociology, v.63, n.2, p.280-296, 2015.

MCNEILL, John Robert. Something new under the sun: An environmental history of the twentieth-century world (the global century series). Norton & Company: New York / London, 2001.

MÜLLER, Elaine. Repensando a problemática da transição à adultez: contribuições para uma antropologia das idades. Política & Trabalho, v. 31, p.107-125, 2009.

ORLANDI, Eni. As formas do silêncio no movimento dos sentidos. São Paulo: Cortez, 1997.

PEPERMANS, Yves and Maeseele, Pieter. The politicization of climate change: problem or solution? Wires Climate Change, v.7, n.4, p.478–485, 2016.

PERSSON, Johannes et al. Toward an alternative dialogue between the social and natural sciences. Ecology and Society, v.23 , n.4 , p.14-31, 2018.

PITELIS, Christos N. Towards a more ‘ethically correct’governance for economic sustainability. Journal of Business Ethics, v.118, n.3, p.655-665, 2013.

REGUILLO, Rossana. Ciudadanías juveniles en América latina. Última década, v.11, n.19, p.11-30, 2003.

REVILLA CASTRO, Juan Carlos. La construcción discursiva de la juventud. Papers: revista de sociologia, n. 63/64, p. 103-122, 2001.

ROHRSCHNEIDER, Robert and Miles, Matthew. Representation through parties? Environmental attitudes and party stances in Europe in 2013. Environmental Politics, v.24, n.4, p.617-640, 2015

ROBERTS, Ken; PARSELL, Glennys. The Stratification of Youth Training. British Journal of Education and Work, v. 5, n.1, p. 65-83, 1992.

RYAN, Daniel. Politics and climate change: exploring the relationship between political parties and climate issues in Latin America. Ambiente & Sociedade, v.20, n.3, p.271-286, 2017.

SACHS, Ignacy. Rumo à ecossocioeconomia: teoria e prática do desenvolvimento. Cortez, 2007.

SILVA, Tarcísio Augusto Alves. Políticas públicas de juventude e meio ambiente: o que a percepção socioambiental dos jovens pode dizer? Ciências Sociais Unisinos, v. 52, n.2, p.214, 222, 2016.

SILVA, José Irivaldo Alves Oliveira. Reflexões teóricas acerca da “crise ambiental”: possibilidades de novas orientações para as políticas públicas ambientais. Ciências Sociais Unisinos, v. 52, n. 2, p.205-213, 2016.

SMITH, Richard et al. Green capitalism: the god that failed. London: College Publications, 2016.

VAN DE VELDE, Cécile. Sociologie des âges de la vie. Paris: Armand Colin, 2015.

YEARLEY, Steven. The Green Case (Routledge Revivals): A Sociology of Environmental Issues, Arguments and Politics. London: Routledge, 2014.

WALLACE, Claire; CROSS, Malcolm. Youth in transition: the sociology of youth and youth policy. London: Routledge, 2018.

WANNER, Thomas. The new ‘passive revolution’of the green economy and growth discourse: maintaining the ‘sustainable development’of neoliberal capitalism. New Political Economy, v.20, n.1, p.21-41, 2015.

Publicado

21-10-2019

Cómo citar

Barros, A. T. de. (2019). Juventude e políticas ambientais: a percepção e os discursos de jovens brasileiros. Revista Brasileña De Sociología, 8(18). https://doi.org/10.20336/rbs.462

Número

Sección

Artigos em fluxo contínuo