Navegando la precariedad
precariedad urbana y resistencia cotidiana entre mujeres de dos favelas de Río de Janeiro
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https://doi.org/10.20336/rbs.1146Palabras clave:
precariedad urbana, elusión, favela, interseccionalidad, desigualdadesResumen
Las trayectorias de vida de cuatro mujeres que viven en favelas de la Región Metropolitana de Río de Janeiro son el punto de partida de este artículo, que analiza las formas de agencia que ellas generan frente a las múltiples dimensiones de la precariedad. A partir de dos estudios etnográficos realizados en los territorios de Morro do Céu, en Niterói, y Caju, en la ciudad de Río de Janeiro, observamos cómo nuestras interlocutoras, a pesar de enfrentar obstáculos estructurales, movilizan redes de apoyo, navegan entre formalidades e informalidades y construyen proyectos de vida. Proponemos el concepto de “precariedad urbana” como clave analítica que articula las dimensiones estructurales de la desigualdad con los procesos cotidianos de subjetivación y que otorga al territorio una centralidad analítica como una capa más que produce la precariedad contemporánea. Al destacar las “emergencias cotidianas” que amenazan los logros arduamente alcanzados, el artículo argumenta que dichas experiencias revelan la inestabilidad como un rasgo central de la vida en las favelas. Sin embargo, al destacar los mecanismos de afrontamiento que emplean estas mujeres, también buscamos afirmar su poder político y su capacidad de resistencia. Así, este artículo contribuye a una conceptualización de la precariedad que reconoce tanto su dimensión estructural como las prácticas creativas que permiten habitar y transformar el mundo en condiciones adversas.
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