Como se faz análise de conjuntura?
Uma genealogia conceitual
Visualizações: 1DOI:
https://doi.org/10.20336/rbs.1118Palavras-chave:
análise conjuntural, marxismo conjuntural, realismo crítico, conjuntura, criseResumo
A análise de conjuntura é um método bastante experimentado no Brasil. Seus antecedentes teóricos no marxismo já não são conhecidos. Este artigo revisita a genealogia dos conceitos de crise e conjuntura no contexto das crises e metamorfoses da sociologia contemporânea. Apresenta-se aqui uma análise realista crítica das conjunturas críticas, entendidas como a conjunção de mecanismos generativos causais que produzem uma crise. A crise não é apenas um evento; é também um processo e um produto da união entre a contradição estrutural e os conflitos sociais em um determinado momento que pode ser decisivo.
Downloads
Referências
Abrutyn, Seth, & Lizardo, Omar. (eds.). (2021). Handbook of Classical Sociological Theory. Springer.
Alexander, Jeffrey C. (1988). The New theoretical movement. In N. Smelser (ed.). Handbook of Sociology, (pp. 77-101). Sage.
Althusser, Louis. (2005). Pour Marx. La Découverte. [Publicado originalmente em 1965].
Althusser, Louis. (1994). Le courant souterrain du matérialisme de la rencontre. In Écrits philosophiques et politiques. Tome 1 (pp. 539-579). Stock/Imec.
Avritzer, Leonardo. (2019). O pêndulo da democracia. Todavia.
Barrios, Robert E. (2017). What does catastrophe reveal for whom? The anthropology of crises and disasters at the onset of the Anthropocene. Annual Review of Anthropology, 46, 451-466. https://doi.org/10.1146/annurev-anthro-102116-041635
Beck, Ulrich. (1986). Risikogesellschaft. Auf dem Weg in eine andere Moderne. Suhrkamp.
Bhaskar, Roy. (2008). A Realist Theory of Science. Verso. [Publicado originalmente em 1978.]
Cava, Bruno. (2016). O 18 de brumário brasileiro. In B. Cava, & M. Pereira (eds.). A terra treme. Leituras do Brasil de 2013 a 2016. (pp. 11-73). Annablume.
Comité invisible. (2014). À nos amis. La Fabrique.
Decoteau, Claire L.. (2018). Conjunctures and assemblages: Approaches to multicausal explanation in the human sciences. In T. Rutzou, & G. Steinmetz, G. (eds.). Critical Realism, History, and Philosophy in the Social Sciences. (pp. 89-118). Emerald Publishing.
Delanty, Gerard. (2024). Senses of the Future. Conflicting ideas of the future in the world today. De Gruyter.
Esposito, Elena. (2017). Critique without crisis: Systems theory as a critical sociology. Thesis Eleven, 143(1), 18-27.
Fassin, Didier. (2021). Crisis. In V. Das, & D. Fassin (eds.). Words and Worlds. A Lexicon for Dark Times. Duke University Press.
Fassin, Didier, & Honneth, Axel (eds.). (2022). Crisis under Critique. How People Assess, Transform and Respond to Critical Situations. Columbia University Press.
Fraser, Nancy. (2022). Cannibal Capitalism. Verso Books.
Fraser, Nancy, & Jaeggi, Rahel. (2018). Capitalism. A Conversation in Critical Theory. Polity.
GRAF (2021). Brazil: The Real Dystopia project. Disjunctures, Pandemics, and Politics under Bolsonaro. Digithum, (27), 1-11. https://doi.org/10.7238/d.v0i27.375160
Gramsci, Antonio. (1971). Selections from the Prison Notebooks. London: Lawrence and Wishart.
Grayson, Debora, & Little, Ben. (2017). Conjunctural analysis and the crisis of ideas. Soundings: A Journal of Politics and Culture, (65), 59-75.
Habermas, Jurgen. (1973). Legitimationsprobleme im Spätkapitalismus. Suhrkamp.
Habermas, Jurgen. (1976). Zur Rekonstruktion des historischen Materialismus. Suhrkamp.
Habermas, Jurgen. (1984). Philosophisch-politische Profile. Erweiterte Ausgabe. Suhrkamp.
Hall, Stuart. (1979). The great moving right show. Marxism Today, (January), 14-20.
Hartog, François. (2020). Chronos. L´Occident aux prises avec le Temps. Gallimard.
Holzhauser, Nicole, Moebius, Stephan, & Ploder, Andrea (eds.). (2023). Soziologie und Krise. Gesellschaftliche Spannungen als Motor der Geschichte der Soziologie. Springer.
Holzhey, Helmut et al. (1976). “Kritik” In J. Ritter, K. Gründer, & G. Gabriel (eds.). Historisches Wörterbuch der Philosophie, Vol.. 4 (p. 1249). Schwabe Verlag.
Jessop, Bob. (2015). The symptomatology of crises. Reading crises and learning from them. Critical realist reflections. Journal of Critical Realism, 14(3), 238-271.
Kettler, David, & Meja, Volker. (1995). Karl Mannheim and the Crisis of Liberalism. The secret of these new times. Transaction Publishers.
Kettler, David., Meja, Volker, & Stehr, Nico. (1984). Karl Mannheim. Tavistock.
Koselleck, Reinhart. (1973). Kritik und Krise. Eine Studie zur Pathogenese der bürgerlichen Welt. Suhrkamp.
Koselleck, Reinhart. (1982). Krise. In O. Brunner, W. Conze, & R. Koselleck (eds.). Geschichtliche Grundbegriffe. Historisches Lexikon zur politisch-sozialen Sprache in Deutschland, (pp. 617-650). Klett-Cotta.
Koselleck, Reinhart. (2006). Begriffsgeschichten. Suhrkamp.
Koivisto, Juha, Lahtinen, Mikko, & Petrioli, Alexis. (2010). Konjunktur, politisch-historische. In W. F. Haug (ed.). Historisch-kritisches Wörterbuch des Marxismus, 7/II, (pp. 1502-1523). Argument.
Luhmann, Niklas. (1997). Die Gesellschaft der Gesellschaft. 2 Vols.. Suhrkamp.
Lyotard, Jean François. (1979). La condition postmoderne. Minuit.
Macé, Éric. (2020). Après la société. Manuel de sociologie augmentée. Le bord de l’eau.
MacIntyre, Alisdair. (1977). Epistemological crises, dramatic narrative and the Philosophy of Science. The Monist, 60(4), 453-472.
Maia, Felipe. (2021) Crise, crítica e reflexividade: problemas conceituais e teóricos na produção de diagnósticos de época. Sociologias, 23(56), 212-243. https://doi.org/10.1590/15174522-95597
Mannheim, Karl. (1932). Die Gegenwartsaufgaben der Soziologie. Ihre Lehrgestalt. J.C.B. Mohr.
Mannheim, Karl. (1980). Strukturen des Denkens. Suhrkamp
Marx, Karl. (1960 [1852]). Der achtzehnte Brumaire des Louis Bonaparte. In: Marx-Engels Werke (MEW), Vol. 8, (pp. 111-207). Dietz Verlag.
McQuillan, Martin, MacDonald, Graeme, Purves, Robin, & Thomson, Stephen. (1999). Post-Theory. New directions in criticism. Edinburg University Press.
Mejia, Sebastian Raza. (2023). Agents in Crisis: Theoretical studies on agency, meaning and time. (Ph. D. Thesis). Department of Sociology. University of Cambridge. https://doi.org/10.17863/CAM.103275
Milstein, Brian. (2015). Thinking politically about crisis: A pragmatist perspective. European Journal of Political Theory, 14(2), 141-160.
Mirowski, Philip. (2014): Never Let a Serious Crisis Go to Waste: How Neoliberalism Survived the Financial Meltdown. Verso.
Morin, Edgar. (1976). Pour une crisologie. Communications, 25(1), 149-163. https://doi.org/10.3406/comm.1976.1388
Müller, Hans-Peter. (2021). Krise und Kritik. Klassiker der soziologischen Zeitdiagnose. Suhrkamp.
Nassehi, Armin. (2023). Gesellschaftliche Grundbegriffe. Ein Glossar der öffentlichen Rede. C.H. Beck.
Nobre, Marcos. (2022). Limites da democracia. De junho de 2013 ao governo Bolsonaro. Todavia.
Offe, Claus. (1976). Crisis of crisis management. Elements of a political crisis theory. International Journal of Politics, 6(3), 29–67.
Pinheiro-Machado, Rosana. (2020). Amanhã vai ser maior: o que aconteceu com o Brasil e possíveis rotas de fuga para a crise atual. Planeta.
Poulantzas, Nicos. (1974). Fascisme et dictature. Seuil/Maspéro.
Poulantzas, Nicos. (1980). Pouvoir politique et classes sociales, 2 Vols. Maspero.
Roitman, Janet. (2014). Anti-Crisis. Duke.
Sartre, Jean-Paul. (1960). Critique de la raison dialectique (précédé de Questions de méthode). Gallimard.
Sewell, William H., Jr. (2005). Logics of History. Social Theory and social transformation. Chicago University Press.
Soneghet, Lucas F. (2025). Gradiente de problematizações: uma proposta para o estudo das crises e fragilidades do social. Revista Brasileira de Sociologia, 13, e-rbs.1086. https://doi.org/10.20336/rbs.1086
Souza, Herbert José de. (1984). Como se faz análise de conjuntura? Vozes.
Souza, Jessé de. (2016). A radiografia do golpe. Leya.
Steinmetz, George. (2004). Odious comparisons: Incommensurability, the Case Study and ‘Small N’s’ in Sociology. Sociological Theory, 22(3), 371-400.
Virgens, João Henrique, & Teixeira, Carmen. (2023). Análise da conjuntura. Contribuições teórico-metodológicas. Lua Nova, (120), 325-357. https://doi.org/10.1590/0102-325357/120
Weber, Max. (1988). Parlament und Regierung im neugeordneten Deutschland. Zur politischen Kritik des Beamtentums und Parteiwesens. In: Gesammelte politische Schriften, (pp. 306-443). J.C.B Mohr. [Publicado originalmente em 1918.]
Werneck Vianna, Luiz. (1991). Ator, tempo e processos de longa duração em análises de conjuntura. In De um plano Collor a outro, (pp. 125-169). Revan.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Frederic Vandenberghe

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).