La ideología del trabajo y la autogestión subordinada en las empresas de plataformas de reparto

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Autores/as

  • Fellipe Coelho-Lima Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Isabel Lopes dos Santos Keppler Universidade Federal de São Paulo
  • Larissa Alessandra de Sena Leocádio Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Isabela Pinto Lucena Bezerra Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Sofia Sant’Anna Costa Barbosa Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Larissa Marcela Peixoto de França Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Maria Luisa Paes Machado Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.959

Palabras clave:

uberización, , ideología del trabajo, marxismo, repartidores, plataforma digital

Resumen

El proceso de uberización del trabajo ha avanzado en la última década, con las empresas de plataformas como una de sus protagonistas. Utilizan diferentes estrategias para cooptar y convencer a los trabajadores de los procesos de trabajo que implementan. Uno de ellos es a través de los discursos que dirigen a sus trabajadores. Desde una perspectiva marxista, asumimos que estos discursos cumplen la función de ideología del trabajo al buscar orientar a los trabajadores frente al conflicto social que emerge del uso de su fuerza laboral en el proceso de producción. Nuestro objetivo fue analizar la ideología del trabajo presente en el discurso de las principales empresas de plataformas de reparto en Brasil. Analizamos la unidad “problemas-soluciones” en publicaciones dirigidas a repartidores en los sitios web de las tres principales empresas-plataforma en este campo en el país. Identificamos que los artículos abordan cuatro temas: financiero, salud de los trabajadores, equipamiento y logística. Los discursos abordan problemas que se encuentran entre las demandas de los repartidores, pero no explican sus causas. Ocultan el conflicto capital-trabajo, respondiendo a la necesidad de desarrollar estrategias para incorporar la fuerza laboral al proceso productivo. La ideología de trabajo identificada es la de autogestión, en la que los repartidores son responsables de resolver estos problemas y las empresas son partners que brindan información. La particularidad brasileña revela signos de diferenciación respecto de ideologías desarrolladas en los países centrales, dejando de lado aspectos relacionados con la conciencia social y favoreciendo la búsqueda de autonomía e ingresos en el caso periférico.

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Biografía del autor/a

Isabel Lopes dos Santos Keppler, Universidade Federal de São Paulo

Professora Adjunta Substituta do Eixo Trabalho em Saúde para cursos de Graduação da Universidade Federal de São Paulo - Campus Baixada Santista. Doutora (2021) e Mestre (2015) em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de São Paulo (2011).

Larissa Alessandra de Sena Leocádio, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Bolsista de Iniciação Científica, integra o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho (GEPET/UFRN) e o Grupo de Pesquisas Marxismo e Educação (GPME/UFRN). Atua na linha de pesquisa Processos Psicossociais, Organizações e Trabalho (GPPOT). 

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Publicado

05-02-2024

Cómo citar

Coelho-Lima, F., Keppler, I. L. dos S. ., Leocádio, L. A. de S. ., Bezerra , I. P. L. ., Barbosa , S. S. C. ., França , L. M. P. de ., & Machado, M. L. P. (2024). La ideología del trabajo y la autogestión subordinada en las empresas de plataformas de reparto. Revista Brasileña De Sociología, 11(29), 151–176. https://doi.org/10.20336/rbs.959