Desde una vida sin salario al emprendimiento popular
aspiraciones de modernización en la periferia de São Paulo
Visualizações: 0DOI:
https://doi.org/10.20336/rbs.1029Palabras clave:
periferias urbanas, cultura popular, vida sin salario, negocios de impacto social, emprendimientoResumen
El objetivo de este artículo es investigar los procesos de racionalización de la fuerza laboral y modernización de los modos de vida presentes en la periferia de São Paulo, a partir de la experiencia de vida sin salario. Para ello, establece como premisa que las ocupaciones no asalariadas están en el corazón del modo de vida popular, en el que el deseo de autonomía es su principal característica; Junto a él sobreviven los valores y costumbres tradicionales. A su vez, el emprendimiento como discurso de alcance global, si bien hace referencia al individualismo presente en estas formas de vida, lleva a través de las empresas de impacto social una enfática iniciativa de modernización dirigida a los jóvenes en busca de ascenso social y prestigio, pero también a las personas mayores como esperanza renovada de una vida más satisfactoria. A partir de una etnografía realizada en la periferia de São Paulo y de entrevistas en profundidad, el artículo concluye que el emprendimiento, al proponer la racionalización de las relaciones de trabajo, resulta tanto en la resignificación del conocimiento tradicional como en su reasimilación a través de la forma cultural del emprendimiento popular.
Descargas
Citas
Amorim, Henrique, Moda, Felipe, & Mevis, Camila. (2021). Empreendedorismo: uma forma de americanismo contemporâneo? Caderno CRH, (34), e021018. https://doi.org/10.9771/ccrh.v34i0.36219
Appadurai, Arjun. (1996). Modernity at large: Cultural dimensions of globalization. Minneapolis, University of Minnesota Press.
Araújo, Marcella (2017). Notas etnográficas sobre o empreendedorismo em favelas cariocas. Etnográfica, 21(5), 585-598. https://doi.org/10.4000/etnografica.5056
Barki, Edgard. (2015). Negócios de impacto: tendência ou modismo? GV-Executivo, 14(1), 14-17.
Beck, Ulrich. (2011). Sociedade de risco. São Paulo, Editora 34.
Beckert, Jens. (2013). Imagined futures: fictional expectations in the economy. Theory and Society, 42, 219-240.
Caldeira, Teresa. (1984). A política dos outros: cotidiano dos moradores da periferia e o que pensam do poder e dos poderosos. São Paulo, Brasiliense.
Candido, Antonio. (2017). Os parceiros do Rio Bonito. Rio de Janeiro, Ouro sobre azul.
Cardoso, Adalberto. (2019). A construção da sociedade do trabalho no Brasil: uma investigação sobre a persistência secular das desigualdades. 2 ed. Rio de Janeiro, Amazon.
Castells, Manuel. (2010). The power of identity. Oxford, Wiley-Blackwell.
Catini, Carolina. (2020). Empreendedorismo, privatização e o trabalho sujo da educação. Revista USP, (127), 53-68. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i127p53-68
Costa, Henrique. (2024). In the remains of progress: utopia and suffering in Brazilian popular entrepreneurship. Leiden, Brill.
Costa, Henrique, Leite, Marcia P., & Lindôso, Raquel. (2021). Dossiê Alternativas Infernais: uma análise sociológica do empreendedorismo. Contemporânea, 11(3), 791-988.
De L’Estoile, Benoît (2020). “El dinero es bueno, pero un amigo es mejor”: incertidumbre, orientación al futuro y “la Economía”. Cuadernos de Antropología Social, (51), 49-69. https://doi.org/10.34096/cas.i51.8237
Dejours, Christophe. (1999). A banalização da injustiça social. Rio de Janeiro, FGV.
Denning, Michael. (2010). Wageless life. New Left Review, 66.
Durham, Eunice. (1988). A sociedade vista da periferia. In L. Kowarick (org.). As lutas sociais e a cidade. Rio de Janeiro, Paz e Terra.
Escobar, Arturo. (1995). Encountering development. New Jersey, Princeton University Press.
Ferrasoli, Dante. (25 fev. 2018). Condomínios com mais de uma torre se destacam no Campo Limpo, em SP. Folha de S. Paulo. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/morar/2018/02/1957973-condominios-com-mais-de-uma-torre-se-destacam-no-campo-limpo-em-sp.shtml. Acesso em 29 jun. 2024.
Hall, Stuart. (1981). Notes on deconstructing ‘the popular’. In R. Samuel (org.). People’s history and socialist theory. New York, Routledge.
Holston, James. (2013). Cidadania insurgente: disjunções da democracia e da modernidade no Brasil. São Paulo, Companhia das Letras.
Illouz, Eva. (2008). Saving the modern soul: therapy, emotions, and the culture of self-help. Berkeley, University of California Press.
Jameson, Fredric. (1992). Reification and utopia in mass culture. In F. Jameson. Signatures of the visible. New York, Routledge.
Koselleck, Reinhart. (2006). Futuro passado. Rio de Janeiro, Contraponto.
Kowarick, Lúcio. (1980). A espoliação urbana. São Paulo, Paz e Terra.
Kowarick, Lúcio. (2019). Trabalho e vadiagem: a origem do trabalho livre no Brasil. São Paulo, Editora 34.
Machado da Silva, Luiz Antônio. (2018). Da informalidade à empregabilidade: reorganizando a dominação no mundo do trabalho. In M. Cavalcanti et al. (eds.). O mundo popular: trabalho e condições de vida. Rio de Janeiro, Papeis Selvagens.
Maia, Marcel. (2024). Jovem firma procura investidor: como as aceleradoras promovem encontros e moldam startups. (Tese de Doutorado em Sociologia), Universidade de São Paulo, São Paulo.
Marques, Eduardo. (2014). Estrutura social e segregação em São Paulo: transformações na década de 2000. Dados, 57(3), 675-710. https://doi.org/10.1590/00115258201421
Martelli, Carla. (2010). Autoajuda e o ‘espírito de nossa época’. Perspectivas, 38, 195-220.
Narotzky, Susana, & Besnier, Niko. (2020). Crisis, valor y esperanza: repensar la economía. Cuadernos de Antropología Social, (51), 28-48. https://doi.org/10.34096/cas.i51.8236
Neiburg, Federico. (2010). Os sentidos sociais da economia. In L. F. Duarte. (org.). Horizontes das ciências sociais no Brasil: antropologia. São Paulo, Anpocs/Barcarolla/Discurso Editorial.
Pialoux, Michel, & Beaud, Stéphane. (2012). Permanentes e temporários. In P. Bourdieu (org.), Miséria do mundo. Petrópolis, Vozes.
Prandi, Reginaldo. (2004). O Brasil com axé: candomblé e umbanda no mercado religioso. Estudos Avançados, 18(52), 223-238. https://doi.org/10.1590/S0103-40142004000300015
Roy, Ananya. (2010). Poverty capital. New York, Routledge.
Sader, Eder. (1988). Quando novos personagens entraram em cena. Rio de Janeiro, Paz e Terra.
Santos, Wanderley G. (1979). Cidadania e Justiça: a política social na ordem brasileira. Rio de Janeiro, Campus.
Sales, Samantha. (2022). O “coração invisível” do mercado: a gestão moral dos negócios de impacto como empreendimentos exemplares. Dilemas, 15 (1) 55-80. https://doi.org/10.4322/dilemas.v15n1.39266
Schumpeter, Joseph. (1982). A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo, Abril Cultural.
Scott, James C. (1976). The moral economy of the peasant. New Haven, Yale University Press.
Sklair, Jessica, & Glucksberg, Luna. (2021). Philanthrocapitalism as wealth management strategy: Philanthropy, inheritance and succession planning among the global elite. The Sociological Review, 69(2), 314-329. https://doi.org/10.1177/0038026120963479
Soto, Hernando de. (2001). O mistério do capital: por que o capitalismo dá certo nos países desenvolvidos e fracassa no resto do mundo. Rio de Janeiro, Record.
Souza, Laura de Mello. (1982). Desclassificados do ouro. Rio de Janeiro, Graal.
Souza, Regina Magalhães. (2008). O discurso do protagonismo juvenil. São Paulo, Paulus.
Sposito, Marília, & Corrochano, Maria Carla. (2005). A face oculta da transferência de renda para jovens no Brasil. Tempo Social, 17(2), 141-172. https://doi.org/10.1590/S0103-20702005000200007
Telles, Vera da Silva. (2006). Mutações do trabalho e experiência urbana. Tempo Social, 18(1), 173-195. https://doi.org/10.1590/S0103-20702006000100010
Thompson, Edward P. (1998). Costumes em comum. São Paulo, Companhia das Letras.
Tommasi, Livia de. (2013). Culturas de periferia: entre o mercado, os dispositivos de gestão e o agir político. Política & Sociedade, 12(23), 11-34. https://doi.org/10.5007/2175-7984.2013v12n23p11
Weber, Florence. (2002). Práticas econômicas e formas ordinárias de cálculo. Mana, 8 (2), 151-182. https://doi.org/10.1590/S0104-93132002000200006
Williams, Raymond. (2011). Cultura e materialismo. São Paulo, Editora Unesp.
Willis, Paul, & Trondman, Mats. (2008). Manifesto pela etnografia. Educação, Sociedade & Culturas, 10 (27), 211-220.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Henrique Costa
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
