Da ruína de Macondo: sobre a transformação de lugares em não lugares
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https://doi.org/10.20336/rbs.125Abstract
A partir do reconhecimento da ativa participação dos objetos na configuração das ações humanas e na constituição dos espaços, desenvolveremos um debate entre Bruno Latour (1994; 2012) e Milton Santos (2006; 2011; 2012), buscando uma definição substantiva do espaço. Para o geógrafo, os híbridos entre ações e objetos se dão numa dada horizontalidade, porém existe um componente vertical do espaço que consiste na combinação de uma descontinuidade territorial e uma integração funcional entre estes híbridos. Auxiliados especialmente por Marc Augé (2005) e Y-fu Tuan (1983; 2011), desdobraremos esta definição para uma dimensão subjetivista da relação entre o indivíduo e a espacialidade em que está inserido, explicitando as diferenças qualitativas dessa relação sob os conceitos de lugar e não lugar. Por fim ilustraremos a transformação do lugar ao não lugar, sintoma da supermodernidade, a partir da obra Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez (1967).
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