A ordem social aprisionada

um estudo sobre a construção social da violência contra a mulher

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Autores

  • Elizabeth Maria Fleury-Teixeira Fundação Oswaldo Cruz

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.868

Palavras-chave:

violência nas relações íntimas, homens perpetradores de violência, ordem social, padrões de socialização

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada entre 2018 e 2020 em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, Brasil. Trata-se de uma análise das formas de socialização a que foram submetidos homens autores de violência contra a mulher, condenada pela Lei Federal 11.340 (Lei Maria da Penha). Um dos objetivos do estudo foi localizar padrões referentes a práticas baseadas em crenças e costumes, valores morais em que esses homens, autores de violência íntima contra a mulher, eram socializados. Punidos pela lei brasileira, eles foram colocados, em 2019, em grupos reflexivos aos quais foram levados pelo sistema de justiça. Neste estudo, foram utilizados métodos qualitativos e quantitativos para reconstruir a memória dos perpetradores de violência contra a mulher e posterior análise dos dados gerados na pesquisa. Dentre os três fenômenos descritos nesta pesquisa, destacamos a “ordem social aprisionada” por se tratar de um impacto social da aplicação da Lei Maria da Penha. Para descrever os fenômenos, são analisadas práticas originadas de padrões morais e padrões de masculinidade aprendidos na infância e adolescência, relacionando-os às mudanças de costumes que estão ocorrendo no país, que por sua vez estão vinculadas a novas leis, aprovadas pelo parlamento para maior proteção das mulheres em situação de violência.

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Biografia do Autor

Elizabeth Maria Fleury-Teixeira, Fundação Oswaldo Cruz

Doutora em Sociologia, pesquisadora do grupo de pesquisa Saúde, Educação e Cidadania do Instituto René Rachou, Fiocruz- Minas. elizabeth.fleury@fiocruz.br

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Publicado

02/02/2023

Como Citar

Fleury-Teixeira, E. M. (2023). A ordem social aprisionada: um estudo sobre a construção social da violência contra a mulher. Revista Brasileira De Sociologia - RBS, 10(26). https://doi.org/10.20336/rbs.868