“Menos política, mais eficiência”: uma análise sociológica das práticas de auditoria e produção de sentidos morais no campo burocrático

Visualizações: 711

Autores

  • Simone Magalhães Brito Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.435

Resumo

O objetivo desse artigo é discutir a experiência moral de auditores e os valores que organizam as práticas de auditoria para compreender, especificamente, como esses valores – centrados no ideal de transparência – informam ou pretendem afetar as disputas na elite do campo burocrático. A pesquisa é de natureza qualitativa, baseada em 17 entrevistas, com auditores de um órgão de controle interno (o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União-CGU), sobre as políticas de transparência e suas experiências cotidianas de combate aos desvios. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Simone Magalhães Brito, Universidade Federal da Paraíba

Professora Associada da Universidade Federal da Paraíba. 

Referências

ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. (1985), A dialética do Esclarecimento. Fragmentos filosóficos. 1 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

BOURDIEU, Pierre. (2011), Razões práticas. Sobre a Teoria da ação. 11 ed. Campinas: Papirus.

BOURDIEU, Pierre. (2014), Sobre o Estado: Cursos no College de France (1989-92). 1 ed. São Paulo: Cia. das Letras.

BRITO, Simone Magalhães. (2017), Para Além da Técnica: experiência moral e combate à corrupção em processos de auditoria pública. Política & Trabalho – Revista de Ciências Sociais, n. 46, p. 49-69.

BRITO, Simone Magalhães. (2018), “Estados imaginados” e novas virtudes: notas sobre a construção das políticas de transparência e combate à corrupção. Horiz.antropol., v. 24, n. 50, p. 25-52. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010471832018000100025&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 12 nov. 2018.

COMAROFF, John; COMAROFF, Jean. (2003), Transparent Fictions; or, the Conspiracies of a liberal imagination: an afterword. In: WEST, Harry; SANDERS, Todd. (Ed.) Transparency and Conspiracy. Ethnographies of suspicion in the New World Order. Durham; London: Duke University Press. pp. 287-299.

DENZIN, Norman. (1997), Interpretive Ethnography. 1 ed. Thousand Oaks, CA: Sage.

DENZIN, Norman. (2001), The reflexive interview and a performative social science. Qualitative Research, v. I, n. I, pp. 23-46.

ELIAS, Norbert. (1993), O Processo Civilizador. Volume 2: Formação do Estado e Civilização. 1 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

FASSIN, Didier. (2013), Enforcing order: an anthropology of urban policing. 1 ed. Cambridge: Polity Press.

GRÜN, Roberto. (2011), Escândalos, tsunamis e marolas: apontamentos e desapontamentos sobre um traço recorrente da atualidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 26, n. 77, pp. 151-174. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1590/S0102-69092011000300013. Acesso em: 12 nov. 2018.

GUPTA, Akhil. (2012), Red tape: bureaucracy, structural violence, and poverty in India. 1 ed. Durham: Duke University Press.

HERZFELD, Michael. (1991), The Social Production of Indifference: Exploring the Symbolic Roots of Western Bureaucracy. 1 ed. New York: Berg.

HULL, Matthew. (2012), Government of Paper. The Materiality of Bureaucracy in Urban Pakistan. 1 ed. Oakland: University of California Press.

MORAN, Michael. (2003), The British Regulatory State: High Modernism and Hyperinnovation. 1 ed. Oxford: Oxford University Press.

NADER, Laura. (1972) “Up the Anthropologist-Perspectives gained from Studying up”. In: HYMES, Dell H. (Ed.) Reinventing Anthropology. New York: Pantheon Books. pp. 284-311.

POWER, Michael. (1999), The audit society – rituals of verification. 1 ed. Oxford: Oxford University Press.

SCOTT, James C. (1998), Seeing like a State. How certain schemes to improve the human condition have failed. 1 ed. New Haven; London: Yale University Press.

SHARMA, Aradhana; GUPTA, Akhil. (Ed.) (2006), The Anthropology of the State: a reader. 1 ed. Malden; Oxford; Victoria: Blackwell Publishing.

SHORE, Cris. (2009), Cultura de auditoria e governança iliberal: universidades e a política da responsabilização. Mediações. v. 14, n. 1, pp. 24-53.

STRATHERN, Marilyn. (2000), Audit cultures: anthropological studies in accountability, ethics, and the academy. 1 ed. London: Routledge.

THOMPSON, Edward Palmer. (2015), Costumes em comum. Estudos sobre a cultura popular tradicional. 1 ed. São Paulo: Cia. das Letras.

ZELIZER, Viviana. (2011), A negociação da intimidade. 1 ed. Petrópolis: Vozes.

Downloads

Publicado

01/02/2019

Como Citar

Brito, S. M. (2019). “Menos política, mais eficiência”: uma análise sociológica das práticas de auditoria e produção de sentidos morais no campo burocrático. Revista Brasileira De Sociologia - RBS, 7(15). https://doi.org/10.20336/rbs.435