A divisão do trabalho da crítica na teoria dos sistemas sociais

Visualizações: 2

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.1101

Palavras-chave:

sociologia crítica, sociologia da crítica, teoria dos sistemas, crítica aos especialistas

Resumo

Este artigo tenta mostrar como a teoria dos sistemas sociais pode contribuir com a crítica da sociedade. Para isso, usa a distinção entre sociologia sistêmica da crítica e sociologia crítica dos sistemas e propõe um programa de divisão do trabalho entre elas. A tese central é que as tarefas de oferecer uma crítica sociológica original da sociedade e observar a realização de críticas sociais diversas em diferentes sistemas e contextos podem ser complementares. A contribuição da teoria dos sistemas é possibilitar uma crítica sociológica original sem pretensão de superioridade moral. Para produzir essa contribuição, a sociologia precisa especializar seu trabalho de crítica e deixar de repetir julgamentos formulados por outras perspectivas. Para esboçar esta cooperação, toma-se como exemplo o caso da crítica aos especialistas em diferentes sistemas funcionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Roberto Dutra, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Doutor em Sociologia, professor associado do Laboratório de Gestão e Políticas Públicas (LGPP), na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), professor visitante no Forschungszentrum Ungleichheit und Sozialpolitik, na Universität Bremen, Alemanha.

Referências

Amato, Lucas F., & Barros, Marco Antonio L. L. (orgs.). (2018). Teoria crítica dos sistemas? Crítica, teoria social e direito. Editora FI.

Bolstanski, Luc. (2013). Sociologia da crítica, instituições e o novo modo de dominação gestionária. Sociol. Antropol, 3(6), 441-463. https://doi.org/10.1590/2238-38752013v364

Boltanski, Luc, & Chiapello, Eve. (2009). O novo espírito do capitalismo. Martins Fontes.

Bourdieu, Pierre, & Wacquant, Loïc. (1992). An invitation to reflexive sociology. University of Chicago Press.

Cesarino, Letícia. (2022). O mundo do avesso: verdade política na era digital. Editora Ubu.

do Mar Castro Varela, María. (2023). Unruhe bewahren. Eine unordentliche Antwort auf Loïc Wacquants Plädoyer für eine Diskurskorrektur. Berliner Journal für Soziologie, 33, 43-55. https://doi.org/10.1007/s11609-023-00496-y

Dutra, Roberto. (2018). Os sentidos da crítica em Niklas Luhmann. In Lucas Amato & Marco Antonio L. L. Barros (orgs.). Teoria crítica dos sistemas? Crítica, teoria social e direito (pp. 55-100). Editora FI.

Esposito, Elena. (2017). Critique without crisis: Systems theory as a critical sociology. Thesis Eleven, 143(1), 18-27. https://doi.org/10.1177/0725513617740966

Fischer-Lescano, Andreas. (2010). A teoria crítica dos sistemas da escola de Frankfurt. Novos estudos, (86), 163-177. https://doi.org/10.1590/S0101-33002010000100009

Gehards, Jürgen. (2001). Der Aufstand des Publikums. Eine systemtheoretische Interpretation des Kulturwandels in Deutschland zwischen 1960 und 1989. Zeitschriftfür Soziologie, 30 (3), 163-184.

Giddens, Anthony. (1991). As conseqüências da modernidade. Ed. UNESP.

Gramsci, Antonio. (1994). Gefängnishefte. Kritische Gesamtausgabe. V. 6. Philosphie der Praxis: (Cadernos 10 e 11). Argument Verlag.

Inglehart, Ronald. (1990). Culture shift in Advanced Industrial Society. Princeton University Press.

Kern, Thomas. (2011). Differenzierung als kreativer Prozess: Die Herausbildung von Rollen in Publikumsnetzwerken. In Thomas Schwinn, Clemens Kroneberg, & Jens Greve (orgs.). Soziale Differenzierung Handlungstheoretische Zugänge in der Diskussion (pp. 285-304). VS Verlag.

Kieserling, André. (2015). Soziologische Ausgangspunkte für systemimmanente Kritik. In Alberto Scherr (org.). Systemtheorie und Differenzierungstheorie als Kritik. Perspektiven in Anschluss an Niklas Luhmann (pp. 140-153). BELTZ Juventa.

Kieserling, André. (2014). Systemreverenzen: Wie wertet die Theorie sozialer Systeme? In Norman Braun et. al.(orgs.). Begriffe - Positionen – Debatten. Eine Relektüre von 65 Jahren Soziale Welt (pp. 89-98). Edição especial 21. Nomos.

Lima Junior, Tarcisio B. de. (2024). A sociedade e o espelho: uma síntese da obra de Letícia Cesarino “O Mundo do Avesso”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 39, e-39024, https://doi.org/10.1590/39024/2024

Luhmann, Niklas. (2018). Systemtheorie der Gesellschaft. Suhrkamp.

Luhmann, Niklas. (1997). Die Gesellschaft der Gesellschaft. Vols. 1 e 2. Suhrkamp.

Luhmann, Niklas. (1996). Die Realität der Massenmedien. Westdeutscher Verlag.

Luhmann, Niklas. (1992). Universität als Milieu. Haux.

Möller, Kolja, & Siri, Jasmin. (orgs.). (2016), Systemtheorie und Gesellschaftskritik. Perspektiven der Kritischen Systemtheorie. Transcript Verlag.

Nassehi, Armin. (2016). Systemtheorie und Kritik. Ein Interview mit Armin Nassehi. In Kolja Möller & Jasmin Siri (orgs.). Systemtheorie und Gesellschaftskritik. Perspektiven der Kritischen Systemtheorie (pp. 207-222). Transcript Verlag.

Parsons, Talcott. (1951). The social system. Routledge / Kegan Paul.

Palmieri, Emerson. (2024). O lugar da crítica na teoria dos meios de comunicação de massa de Niklas Luhmann. Tempo Social, 36(2), 203-215. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2024.223036

Rocha, Leonel S., & Costa, Bernardo Leandro C. (2021). O sentido da crítica para a teoria dos sistemas sociais. Uma observação sobre a sociologia sistêmica da crítica. Revista Brasileira de Sociologia do Direito, 8 (3), 29-49. https://doi.org/10.21910/rbsd.v8i3.460

Schimank, Uwe. (2016). Replik. Zeitschrift für Theoretische Soziologie, 5(1), 66-89. https://doi.org/10.17879/zts-2016-4083

Schimank, Uwe, & Volkmann, Ute. (2017). Das Regime der Konkurrenz. Gesellschaftliche Ökonomisierungsdynamiken heute. Beltz Juventa.

Stichweh, Rudolf. (1988). Inklusion in Funktionssysteme der modernen Gesellschaft. In Renate Mayntz et al. (orgs.). Differenzierung und Verselbständigung. Zur Entwicklung gesellschaftlicher Teilsysteme (pp. 261-293). Campus Verlag.

Volkmann, Ute. (2010). Sekundäre Leistungsrolle: Eine differenzierungstheoretische Einordnung des Prosumenten am Beispiel des Leser-Reporters. In Birgit Blättel-Mink, & Kai-Uwe Hellmann (orgs.). Prosumer Revisited. Zur Aktualität einer Debatte (pp. 206-220). VS Verlag.

Vandenberghe, Frédéric. (2006). Construção e crítica na nova sociologia francesa. Soc. Estado, 21(2), 315-366. https://doi.org/10.1590/S0102-69922006000200003

Wagner, Peter. (1995). Soziologie der Moderne. Campus Verlag.

Downloads

Publicado

10/02/2025

Como Citar

Dutra, R. (2025). A divisão do trabalho da crítica na teoria dos sistemas sociais. Revista Brasileira De Sociologia - RBS, 13, e-rbs.1101. https://doi.org/10.20336/rbs.1101

Edição

Seção

Dossiê Metamorfoses e Transformações da Sociologia