A divisão do trabalho da crítica na teoria dos sistemas sociais
Visualizações: 2DOI:
https://doi.org/10.20336/rbs.1101Palavras-chave:
sociologia crítica, sociologia da crítica, teoria dos sistemas, crítica aos especialistasResumo
Este artigo tenta mostrar como a teoria dos sistemas sociais pode contribuir com a crítica da sociedade. Para isso, usa a distinção entre sociologia sistêmica da crítica e sociologia crítica dos sistemas e propõe um programa de divisão do trabalho entre elas. A tese central é que as tarefas de oferecer uma crítica sociológica original da sociedade e observar a realização de críticas sociais diversas em diferentes sistemas e contextos podem ser complementares. A contribuição da teoria dos sistemas é possibilitar uma crítica sociológica original sem pretensão de superioridade moral. Para produzir essa contribuição, a sociologia precisa especializar seu trabalho de crítica e deixar de repetir julgamentos formulados por outras perspectivas. Para esboçar esta cooperação, toma-se como exemplo o caso da crítica aos especialistas em diferentes sistemas funcionais.
Downloads
Referências
Amato, Lucas F., & Barros, Marco Antonio L. L. (orgs.). (2018). Teoria crítica dos sistemas? Crítica, teoria social e direito. Editora FI.
Bolstanski, Luc. (2013). Sociologia da crítica, instituições e o novo modo de dominação gestionária. Sociol. Antropol, 3(6), 441-463. https://doi.org/10.1590/2238-38752013v364
Boltanski, Luc, & Chiapello, Eve. (2009). O novo espírito do capitalismo. Martins Fontes.
Bourdieu, Pierre, & Wacquant, Loïc. (1992). An invitation to reflexive sociology. University of Chicago Press.
Cesarino, Letícia. (2022). O mundo do avesso: verdade política na era digital. Editora Ubu.
do Mar Castro Varela, María. (2023). Unruhe bewahren. Eine unordentliche Antwort auf Loïc Wacquants Plädoyer für eine Diskurskorrektur. Berliner Journal für Soziologie, 33, 43-55. https://doi.org/10.1007/s11609-023-00496-y
Dutra, Roberto. (2018). Os sentidos da crítica em Niklas Luhmann. In Lucas Amato & Marco Antonio L. L. Barros (orgs.). Teoria crítica dos sistemas? Crítica, teoria social e direito (pp. 55-100). Editora FI.
Esposito, Elena. (2017). Critique without crisis: Systems theory as a critical sociology. Thesis Eleven, 143(1), 18-27. https://doi.org/10.1177/0725513617740966
Fischer-Lescano, Andreas. (2010). A teoria crítica dos sistemas da escola de Frankfurt. Novos estudos, (86), 163-177. https://doi.org/10.1590/S0101-33002010000100009
Gehards, Jürgen. (2001). Der Aufstand des Publikums. Eine systemtheoretische Interpretation des Kulturwandels in Deutschland zwischen 1960 und 1989. Zeitschriftfür Soziologie, 30 (3), 163-184.
Giddens, Anthony. (1991). As conseqüências da modernidade. Ed. UNESP.
Gramsci, Antonio. (1994). Gefängnishefte. Kritische Gesamtausgabe. V. 6. Philosphie der Praxis: (Cadernos 10 e 11). Argument Verlag.
Inglehart, Ronald. (1990). Culture shift in Advanced Industrial Society. Princeton University Press.
Kern, Thomas. (2011). Differenzierung als kreativer Prozess: Die Herausbildung von Rollen in Publikumsnetzwerken. In Thomas Schwinn, Clemens Kroneberg, & Jens Greve (orgs.). Soziale Differenzierung Handlungstheoretische Zugänge in der Diskussion (pp. 285-304). VS Verlag.
Kieserling, André. (2015). Soziologische Ausgangspunkte für systemimmanente Kritik. In Alberto Scherr (org.). Systemtheorie und Differenzierungstheorie als Kritik. Perspektiven in Anschluss an Niklas Luhmann (pp. 140-153). BELTZ Juventa.
Kieserling, André. (2014). Systemreverenzen: Wie wertet die Theorie sozialer Systeme? In Norman Braun et. al.(orgs.). Begriffe - Positionen – Debatten. Eine Relektüre von 65 Jahren Soziale Welt (pp. 89-98). Edição especial 21. Nomos.
Lima Junior, Tarcisio B. de. (2024). A sociedade e o espelho: uma síntese da obra de Letícia Cesarino “O Mundo do Avesso”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 39, e-39024, https://doi.org/10.1590/39024/2024
Luhmann, Niklas. (2018). Systemtheorie der Gesellschaft. Suhrkamp.
Luhmann, Niklas. (1997). Die Gesellschaft der Gesellschaft. Vols. 1 e 2. Suhrkamp.
Luhmann, Niklas. (1996). Die Realität der Massenmedien. Westdeutscher Verlag.
Luhmann, Niklas. (1992). Universität als Milieu. Haux.
Möller, Kolja, & Siri, Jasmin. (orgs.). (2016), Systemtheorie und Gesellschaftskritik. Perspektiven der Kritischen Systemtheorie. Transcript Verlag.
Nassehi, Armin. (2016). Systemtheorie und Kritik. Ein Interview mit Armin Nassehi. In Kolja Möller & Jasmin Siri (orgs.). Systemtheorie und Gesellschaftskritik. Perspektiven der Kritischen Systemtheorie (pp. 207-222). Transcript Verlag.
Parsons, Talcott. (1951). The social system. Routledge / Kegan Paul.
Palmieri, Emerson. (2024). O lugar da crítica na teoria dos meios de comunicação de massa de Niklas Luhmann. Tempo Social, 36(2), 203-215. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2024.223036
Rocha, Leonel S., & Costa, Bernardo Leandro C. (2021). O sentido da crítica para a teoria dos sistemas sociais. Uma observação sobre a sociologia sistêmica da crítica. Revista Brasileira de Sociologia do Direito, 8 (3), 29-49. https://doi.org/10.21910/rbsd.v8i3.460
Schimank, Uwe. (2016). Replik. Zeitschrift für Theoretische Soziologie, 5(1), 66-89. https://doi.org/10.17879/zts-2016-4083
Schimank, Uwe, & Volkmann, Ute. (2017). Das Regime der Konkurrenz. Gesellschaftliche Ökonomisierungsdynamiken heute. Beltz Juventa.
Stichweh, Rudolf. (1988). Inklusion in Funktionssysteme der modernen Gesellschaft. In Renate Mayntz et al. (orgs.). Differenzierung und Verselbständigung. Zur Entwicklung gesellschaftlicher Teilsysteme (pp. 261-293). Campus Verlag.
Volkmann, Ute. (2010). Sekundäre Leistungsrolle: Eine differenzierungstheoretische Einordnung des Prosumenten am Beispiel des Leser-Reporters. In Birgit Blättel-Mink, & Kai-Uwe Hellmann (orgs.). Prosumer Revisited. Zur Aktualität einer Debatte (pp. 206-220). VS Verlag.
Vandenberghe, Frédéric. (2006). Construção e crítica na nova sociologia francesa. Soc. Estado, 21(2), 315-366. https://doi.org/10.1590/S0102-69922006000200003
Wagner, Peter. (1995). Soziologie der Moderne. Campus Verlag.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Roberto Dutra

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).