Os jovens e as praças dos indignados: territórios de cidadania
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https://doi.org/10.20336/rbs.48Resumen
Na antiguidade, as praças eram locais de oradores. Na Idade Média, no início do processo de urbanização, as praças reuniam os artesões, o comércio, a arte de rua, e os simbolos do poder. Na Idade Moderna, as praças centrais ganharam status, reuniam os casarões das elites, hotéis, a prefeitura, igreja, câmaras, e o comércio crescente. Em todas essas diferentes épocas, uma função comum: a praça como lócus de manifestação, protesto, reivindicações. Marchas, concentrações, ocupações: as praças tornaram-se lócus por excelência de espaço público para o exercício da cidadania. A partir do século XX estas manifestações ganharam um dado novo: a expressiva participação dos jovens, e recentemente, o uso das novas tecnologias na organização e realização dos protestos. Este trabalho tem como referência manifestações de jovens em territórios distintos: Praça Tahrir, no Cairo/Egito, Praça Mohammad Bouazizi em Túnis/Tunísia, Praça da Puerta del Sol, em Madri/Espanha, Praça Syntagma, em Atenas/Grécia, praça do Parque Zuccoti/Wall Street, em Nova York/Estados Unidos, e Willy-Brandt Platz, em Frankfurt/Alemanha; manifestações de junho de 2013, no Brasil, na Av. Paulista e Largo da Batata, em São Paulo. Nesses territórios, têm ocorrido protestos dos indignados, sob várias formas. Apesar da intensa participação dos jovens, seus impactos na sociedade nem sempre têm sido visíveis, seus resultados nem sempre duradouros para a organização dos movimentos que constroem. O diálogo com os poderes constituídos é tenso ou inexiste. As questões implicitas neste paper são: quais as possibilidades dessas manifestações sob a perspectiva das lutas emancipatórias? Quais desafios teóricos esses movimentos apresentam? Qual o papel simbólico das praças que têm acolhido estas manifestações e movimentosDescargas
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Publicado
15-11-2013
Cómo citar
Gohn, M. da G. (2013). Os jovens e as praças dos indignados: territórios de cidadania. Revista Brasileña De Sociología, 1(2), 205–222. https://doi.org/10.20336/rbs.48
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