Espaços públicos, condições de vida e pandemia
análise das pesquisas urbanas no Brasil
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https://doi.org/10.20336/rbs.951Palavras-chave:
Sociologia Urbana, pandemia de Covid-19, espaço público, desigualdades urbanas, condições de vidaResumo
Este artigo revisa o impacto da pandemia de Covid-19 no Brasil, com enfoque no debate sobre espaço público e nas condições de vida da população, através da análise de dossiês publicados entre 2020 e 2022 em periódicos nacionais de sociologia urbana, bem como de contribuições relevantes da antropologia urbana. A análise foi realizada em três etapas. Na primeira, foram revisados estudos sobre as novas formas de urbanidade e a crise dos espaços públicos durante a pandemia. Na segunda etapa, foram examinados os conceitos e enquadramentos empíricos utilizados pelos autores nas produções sobre os dilemas do distanciamento social, dos negacionismos e das indeterminações na vida urbana distópica no Brasil. Na terceira, analisamos os conceitos e temáticas que visaram aprofundar a compreensão dos processos envolvidos no aumento da desigualdade urbana e na piora das condições de vida de grande parte da população brasileira. Conclui-se que, apesar da suspensão dos encontros presenciais, as medidas de isolamento social revelaram novas possibilidades de ação através dos espaços virtuais de sociabilidade, trabalho, estudos, consumo e acesso aos serviços públicos via tecnologias digitais, tornando-se uma parte essencial do cotidiano “público-privado” da cidade. No entanto, a pandemia também expôs as desigualdades sociais e econômicas existentes, evidenciando disparidades significativas no acesso a moradia, saúde, transporte e no aumento do trabalho informal e precário, além da queda de renda entre a população urbana de menor poder aquisitivo.
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