A “escuta” da comunidade: Uma abordagem cognitiva de uma política pública de inclusão digital

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Autores

  • Pedro Heitor Barros Geraldo
  • Roberta Hanthequeste B. dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.212

Resumo

Este  artigo  analisa a escuta da  comunidade como  uma  forma  de  exercício do poder entre  gestores e os moradores no  processo de  implementação da Plataforma Urbana Digital da Educação (PUDE) em Niterói. A partir de uma abordagem cognitiva, descrevemos os conflitos para  identificar os quadros de interpretação dos diferentes atores. A escuta é uma  forma  de legitimação da política pelos  gestores, mas também surge como uma  oportunidade para a formulação de outras demandas pelos  moradores que  se integram à política segundo a agenda dos gestores. O referencial de inclusão digital não orienta os  moradores para  a produção das  demandas, nem  para  identificar como elas  podem ser tratadas. A forma  de exercício do poder entre  os diferentes atores  demonstra que  a escuta não  deixa  de  ser  uma  forma  de  organizar a relação de poder entre  gestores e a comunidade. A escuta produz uma  dupla função de selecionar a relevância das  demandas pelo  quadro de interpreta- ção  dos  gestores,  por  um  lado,  e, por  outro  lado,  identificar as concessões segundo uma agenda que escapa aos moradores.

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Publicado

01/01/2018

Como Citar

Geraldo, P. H. B., & dos Santos, R. H. B. (2018). A “escuta” da comunidade: Uma abordagem cognitiva de uma política pública de inclusão digital. Revista Brasileira De Sociologia - RBS, 5(10). https://doi.org/10.20336/rbs.212

Edição

Seção

Artigos