Pensamento social e pesquisa informacional: o caso da Biblioteca Virtual do Pensamento Social (BVPS) |Social Thought and Informational Research: the case of the Biblioteca Virtual do Pensamento Social (BVPS)

Visualizações: 1932

Autores

  • Alejandra Josiowicz Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
  • Antonio Brasil Jr Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.459

Resumo

Neste artigo, apresentamos como, através da Biblioteca Virtual do Pensamento Social (BVPS), a área de pesquisa em “pensamento social no Brasil” vem enfrentando alguns dos desafios recentes trazidos pela pesquisa informacional. Para tal, destacamos três seções: (a) uma apresentação do universo BVPS, em que explicamos o que é a biblioteca, suas origens e potencialidades; (b) uma breve discussão sobre o possível papel da BVPS na ampliação dos diálogos interdisciplinares e dos estudos comparados nesta área de pesquisa, uma vez que a biblioteca fortalece o intercâmbio com outras tradições intelectuais nacionais (e transnacionais); (c) um mapa da área de pesquisa em “pensamento social”, feito através da extração de dados da Plataforma Lattes (com a ferramenta Stela Experta), que identifica o comportamento da área em termos de concentração temporal, disciplinar e temática, bem como o interesse crescente pelos temas e autores latino-americanos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alejandra Josiowicz, Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas

Pesquisadora Assistente do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET), e pós-doutoranda do CPDOC/FGV. É mestre e doutora em Spanish and Portuguese pela Princeton University. Suas pesquisas situam-se na área da sociologia da educação e no pensamento social, com foco nos “estudos da infância”. Publicou La Cruzada de los Niños. Intelectuales, Infancia y Modernidad Literaria en América Latina (EdUNQ, 2018).

Antonio Brasil Jr, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Professor do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É doutor em Sociologia pela UFRJ. Realiza pesquisas nas áreas de pensamento social no Brasil e teoria sociológica. Atualmente é um dos coordenadores do GT “Pensamento social no Brasil” da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS). É um autor de Passagens para a teoria sociológica: Florestan Fernandes e Gino Germani(Hucitec, Clacso, 2013).

Referências

BASTOS, Elide R. (2002), “Pensamento social da Escola Sociológica Paulista”. In: MICELI, Sergio. (org.). O que ler na ciência social brasileira. São Paulo; Brasília (DF): ANPOCS; Sumaré; Capes. pp. 183-230.

BASTOS, Elide R. (2003), “O CPDOC e o pensamento social brasileiro”. In: CAMARGO, Célia (org.). CPDOC 30 anos. Rio de Janeiro: Ed. FGV. pp. 97-119.

BASTOS, Elide R.; BOTELHO, André. (2010), “Para uma sociologia dos intelectuais”. Dados, v. 53, n. 4, pp. 889-919.

BAUMGARTEN, Maria. (2009), A prática científica na “Era do conhecimento”: metodologia e transdisciplinaridade. Sociologias, v. 11, n. 22, pp. 14-20.

BEVERLEY, John. (2014), Testimonio. On the Politics of Truth. Minneapolis: Univ. of Minnesota Press.

BOTELHO, André. (2012), Sobre as teses do IUPERJ: ciências sociais e construção democrática no Brasil contemporâneo. In: BARBOZA FILHO, Rubem; PERLATTO, Fernando (org.). Uma sociologia indignada: diálogos com Luiz Werneck Vianna. Juiz de Fora: EdUFJF. pp. 347-388.

BOTELHO, André; SCHWARCZ, Lilia Moritz. (2009), Um enigma chamado Brasil: 29 intérpretes e um país. São Paulo: Companhia das Letras.

BOTELHO, André. (2015), Un programa fuerte para el pensamiento social brasileño. Prismas. Revista de historia intelectual. Dossier: 20 años de historia intelectual. La historia intelectual hoy: itinerarios latino-americanos y diálogos transatlánticos, n. 19, pp. 151-161.

BOTELHO, André; CARVALHO, Lucas C. (2017), A Sociologia e a Sociologia Política em DADOS. Dados, v. 60, n. 3, pp. 703-749.

BRANDÃO, Gildo M. (2007), Linhagens do pensamento político brasileiro. São Paulo: Hucitec.

BRASIL JR., Antonio. (2013), Passagens para a teoria sociológica. São Paulo: Hucitec.

CANDIDO, Antonio. (1995), “O significado de Raízes do Brasil”. In: HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. pp. 9-21.

DE LA CAMPA, Román. (2000), América Latina: Confección y marketing de un campo de estudios. Revista de Crítica Literaria Latinoamericana, ano 26, n. 51, pp. 177-188.

FELGUEIRAS, Carmen. (2014), “O pensamento social como patrimônio”. Revista crítica e sociedade, v. 4, n. 2, pp. 139-147.

GARRAMUÑO, Florencia. (2015), Mundos en común. Ensayos sobre la inespecificidad en el arte. Buenos Aires: FCE.

GILMAN, Claudia. (2015), “Un llamado de atención sobre ideas recibidas”. Cuadernos de Literatura, v. 19, n. 37, pp. 102-114

GORELIK, Adrián. (2004), El comparatismo como problema: una introducción. Prismas. Revista de Historia Intelectual, n. 8, pp. 121-128.

KOZEL, Andrés. (2015), El estudio del pensamiento latinoamericano en nuestros días. Notas para una caracterización. Prismas. Revista de historia intelectual. Dossier: 20 años de historia intelectual. La historia intelectual hoy: itinerarios latino-americanos y diálogos transatlánticos, n. 19, pp. 163-172.

MAIA, João Marcelo Ehlert. (2017), “História da sociologia como campo de pesquisa e algumas tendências recentes do pensamento social brasileiro”. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 24, pp. 111-128.

MARTINS, Luciano. (1987). “A gênese de uma intelligentsia: os intelectuais e a política no Brasil, 1920 a 1940”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 2, n. 4, pp. 65-87.

MASSARANI, Luisa; MOREIRA, Ildeu; BRITO, Fátima (org.). (2002), Ciência e público: caminhos da divulgação científica no Brasil. Rio de Janeiro: Casa da Ciência/UFRJ.

MELO, Manuel Palácios Cunha. (1999), Quem explica o Brasil. Juiz de Fora: EDUFJF.

MEUCCI, Simone. (2011), Institucionalização da sociologia no Brasil: primeiros manuais e cursos. São Paulo: Hucitec; Fapesp.

MICELI, Sérgio; PONTES, Heloisa (org.). (2014), Cultura e sociedade. Brasil e Argentina. São Paulo: EDUSP.

MICELI, Sérgio. (1999), “Intelectuais brasileiros”. In: ______. (org.). O que ler na ciência social brasileira (1970-1995). vol. 2. São Paulo; Brasília (DF): ANPOCS/Sumaré/Capes. pp. 109-142,

MICELI, Sérgio (org.). (1995), História das ciências sociais no Brasil: volume 2. 1 ed. São Paulo: Sumaré/FAPESP.

MICELI, Sérgio (org.). (2001), História das ciências sociais no Brasil: volume 1. 2 ed. São Paulo: Sumaré.

MONTEIRO, Pedro M. (2015), Signo e desterro. Sérgio Buarque de Holanda e a imaginação do Brasil. São Paulo: Hucitec.

MORETTI, Franco. (2008), A literatura vista de longe. Porto Alegre: Arquipélago.

MYERS, Jorge. (2015), Discurso por el contexto: hacia una arqueología de la historia intelectual en Argentina. Prismas. Revista de historia intelectual. Dossier: 20 años de historia intelectual. La historia intelectual hoy: itinerarios latinoamericanos y diálogos transatlánticos, n. 19, pp. 173-182.

MYERS, Jorge. (2016), Músicas distantes. Algumas notas sobre a história intelectual hoje: horizontes velhos e novos, perspectivas que se abrem. In: SÁ, Maria Elisa (org.). História intelectual latino-americana. Itinerários, debates e perspectivas. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio. pp. 23-56.

OLIVEIRA, Lúcia Lippi. (2005), “Diálogos intermitentes: relações entre Brasil e América Latina.” Sociologias, ano 7, n. 14, pp. 110-129.

OLIVEIRA, Lúcia Lippi. (1999), “Interpretações sobre o Brasil”. In: MICELI, Sérgio (org.). O que ler na ciência social brasileira (1970-1995). São Paulo; Brasília (DF): ANPOCS/Sumaré/Capes. pp. 147-181.

PÉCAUT, Daniel. (1990), Os intelectuais e a política no Brasil. São Paulo: Editora Ática.

PERLATTO, Fernando; MAIA, João Marcelo. (2012), Qual sociologia pública? Uma visão a partir da periferia. Lua Nova, n. 87, pp. 83-112.

RICHARD, Nelly. (2012), “Humanities and Social Sciences in Critical Dialogues with Cultural Studies”, Cultural Studies, v. 26, n. 1, pp. 166-177.

RICUPERO, Bernardo. (2007), Sete lições sobre interpretações do Brasil. São Paulo: Alameda.

RODRIGUEZ, Ileana (Org.). (2001), The Latin American Subaltern Studies Reader. Durham: Duke Univ. Press.

SARLO, Beatriz; ALTAMIRANO, Carlos. (1997), Ensayos argentinos. De Sarmiento a la vanguardia. Buenos Aires: Ariel.

SARLO, Beatriz; ALTAMIRANO, Carlos. (2001), Literatura/Sociedad. Buenos Aires: Edicial.

SCHWARCZ, Lilia Moritz; BOTELHO, André. (2011), Simpósio: cinco questões sobre o pensamento social brasileiro. Lua Nova, n. 82, pp. 139-159.

SORÁ, Gustavo. (2003), Traducir el Brasil. Una antropología de la circulación internacional de ideas. 1 ed. Buenos Aires: El Zorzal.

VIANNA, Luiz W. et al. (1998). “Doutores e teses em ciências sociais”. Dados, v. 41, n. 3, online. Disponível em: *****. Acesso em: ***.

VIANNA, Luiz Werneck. (1997), A revolução passiva. Iberismo e americanismo no Brasil. Rio de Janeiro: Revan.

VILLAS BÔAS, Glaucia. (2007), A Vocação das Ciências Sociais no Brasil. Rio de Janeiro: Fund. Biblioteca Nacional.

WELTMAN, Wanda L. (2008), A educação do Jeca: ciência, divulgação científica e agropecuária na Revista Chácaras e Quintais (1909-1948). Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde. Rio de Janeiro: Casa Oswaldo Cruz/FIOCRUZ.

Downloads

Publicado

08/30/2019

Como Citar

Josiowicz, A., & Brasil Jr, A. (2019). Pensamento social e pesquisa informacional: o caso da Biblioteca Virtual do Pensamento Social (BVPS) |Social Thought and Informational Research: the case of the Biblioteca Virtual do Pensamento Social (BVPS). Revista Brasileira De Sociologia - RBS, 7(16). https://doi.org/10.20336/rbs.459

Edição

Seção

Artigos