Fluxo de operações do crime organizado: questões conceituais e metodológicas | Flow of Organized Crime Operations: Conceptual and Methodological Issues

Autores

  • Sérgio Adorno Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.538

Resumo

O artigo trata de questões conceituais e metodológicas relacionadas à abordagem sociológica do crime organizado. Seus principais argumentos baseiam-se em pesquisa cujo objeto trata de reconstruir o fluxo de operações que mobiliza o tráfico internacional de drogas ilícitas na América Latina, desde o início da cadeia produtiva nos países andinos até o mercado consumidor brasileiro e internacional. Suas fontes de informação compreendem fundamentalmente documentos e relatórios de organizações governamentais e não-governamentais, além de dados sobre apreensões de drogas. O artigo pretende chamar a atenção para problemas relacionados à aplicação de conceitos e ao emprego de fontes documentais que podem restringir o alcance de resultados. 

Referências

Abreu, Allan (2018). Cocaína. A Rota Caipira. O narcotráfico no principal corredor de drogas do Brasil. Rio de Janeiro: Record.

Adorno, Sérgio (2018). “Linked Stories: Circuits and Flow of Operations of Organized Crime in Contemporary Brazil”. Prepared to RC29 – Sociology of Deviance in XIX ISA World Congress of Sociology, Toronto (Canada), July 15-21, Metro Toronto Convention Center, 13p.

Adorno, Sérgio (2015-2019). “Histórias encadeadas circuitos e fluxos de operações do crime organizado no Brasil contemporâneo”. Projeto de Pesquisa, Bolsa de Produtividade em Pesquisa (CNPq I-A).

Adorno, Sérgio e Dias, Camila (2019). “Brazil: organised crime, corruption and urban violence” in Handbook of organized crime and politics, edited by Felia Allum & Stan Gilmour. Cheltenham (UK) and Nortampton (MA, USA), Edward Elgar Publishing, cap. 14.

Albanese, Jay S.; Das, Dilip K.; Verma, Arvind. (2003), Organized crime: World perspectives. New Jersey: Prentice Hall.

Albini, Joseph L. (1997). “Donald Cressey´s contributions to the study of organized crime: an evaluation. In: Ryan, Patrick J. and Rush, George E. (orgs). Understanding organized crime in global perspective. A reader. Thousand Oaks: Sage Publications.

Aquino, Jânia Perla D. (2010). Príncipes e castelos de areia: um estudo da performance nos grandes roubos. 1. ed. São Paulo: Biblioteca24 horas.

Atuesta, Laura H. e Pérez-Dávila, Vocelyn Samantha (2018). “Fragmentation and cooperation: evolution of organized crime in Mexico”. Trends in Organized Crime, v. 21, pp. 235-261.

Beare, Margaret and Steven Schneider (2007). Money laundering in Canada. Toronto: University of Toronto Press.

Beittel, June S. (2018). Mexico: organized crime and drug trafficking organizations. Congressional Research Service, July 3, 29p.

Carrión, Fernando e Espin, Johanna (coordenadores) (2011). Relaciones fronterizas: encuentros y conflitos. Quito: FLACSO Ecuador e IDRC (Canadá).

Carrión, Ferrnando e Llugsha, Victor (compiladores) (2013). Fronteras: rupturas y convergências. Quito: FLACSO Ecuador e IDRC (Canadá).

Cressey, Donald R. (1967). “Methodological problems in the study of organized crime as social problem”. Annals of American Academy of Political Science and Social Science, v. 374, n. 1, pp. 101-112.

Cressey, Donald R. (1969). The theft of the nation. The structures and operations of organized crime. New Brunswick (USA) e London (UK): Transaction Publishers.

Cressey, Donald R. (1997). The functions and structure of criminals syndicates. In: Ryan, Patrick J. and Rush, George E. (orgs). Understanding organized crime in global perspective. A reader. Thousand Oaks: Sage Publications.

Dias, Camila Nunes e Manso, Bruno Paes (2018). A guerra. Ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil. São Paulo: Todavia.

Enzensberger, Hans Magnus (1967). Politique et crime. Paris: Gallimard.

Ferentzy, Peter and Turner, Nigel (2009), “Gambling and organised crime: a review of the literature”. Journal of Gambling Issues, v. 23, pp. 111–156.

Gurr, Robert Ted, editor (1989). Violence in America. Newbury Park: Sage Publications, 2v.

Hagan, Frank E. (2006). “Organized crime” and “organized crime” Trends in Organized Crime, v. 9, n. 4, pp. 127-137.

Kenney, Dennis e Finckenauer, James (1995). Organized crime in America. Belmont, CA: Wadsworth Publishing Co.

Kokoreff, Michel, Péraldi, Michel and Weinberger, Monique (2007), Économies criminelles et mondes urbains. Paris: Presses Universitaires de France.

Lampe, Kraus von (2006), “The interdisciplinar dimensions of the study of organised crime”. Trends in Organized Crime, v.9, n.3, pp. 77–95.

Lopes Júnior, Edmilson (2009). “As redes sociais do crime organizado. A perspectiva da nova sociologia econômica”. Revista Brasileira de Ciências Sociais (RBCS), v. 24, n. 69, pp. 53-68.

Mendoza, Arturo Alvarado (2016). “Crimen organizado en una ciudad de América Latina: la ciudad de México”. Urvio – Revista Latinoamericana de Estudios de Seguridad, v. 19, pp. 129-145.

Misse, Michel, Neves, A.J.; Baptista, G.C.; Engel, C.L. (orgs). Segurança pública nas fronteiras: Sumário Executivo. 1. ed. Brasília, D.F.: Ministério da Justiça e Cidadania, 2016. v. 1. 123p.

Paoli, Letizia (2014). “Introduction”. The Oxford handbook of organized crime. New York, Oxford University Press.

Paoli, Letizia (2017). “What is the link between organized crime and drug trafficking?”, Rausch, v.6, Jahrgang, n. 4, pp.181-189.

Reuter, Peter (1995). “The decline of the American mafia”. Public Interest, v. 120, pp. 89-99.

Reuter, Peter (2003). “The Political economy of drug smuggling.” In The Political economy of the drug industry, edited by Menno Vellinga. Gainesville: University Press of Florida, pp. 128–147.

Reuter, Peter (2014). “Drug markets and organized crime”. The Oxford handbook of organized crime. New York, Oxford University Press.

Reuter, Peter, and John Haaga (1989). The organization of high-level drug markets: an exploratory study. Santa Monica, CA: RAND.

Rico, Daniel M. (2013). La dimensión internacional del crimen organizado em Colombia: Las Bacrim, sus rutas e refúgios. Wilson Center, Latin American Program, 2013, April, 24p.

Ruggiero, Vincenzo and Nigel South (1995). Eurodrugs: drug use, markets and trafcking in Europe. London: Routledge

Schabbach, Letícia Maria (2008). “Exclusão, ilegalidades e organizações criminosas no Brasil”. Sociologias, Porto Alegre, ano 10, n. 20, jul./dez. pp. 48-71.

Spapens, T. Macro Networks, (2010). Collectives, and Business Processes: An Integrated Approach to Organized Crime. European Journal of Crime, Criminal Law and Criminal Justice. 18 pp. 185–215.

United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC) (2005), World Drug Report 015, booklet 1. Vienna: United Nations.

United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC) (2010), The Globalization of Crime, a transnational organised crime threat assessment, Report. Vienna: United Nations.

United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC) (2016), World Drug Report 2016, Vienna: United Nations.

United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC) (2018), World Drug Report 2018, booklet 3. Vienna: United Nations.

Zaluar, Alba (1998), ‘Para não dizer que não falei de samba: os enigmas da violência no Brasil’, Fernando Novaes and Lilian Schwarz (eds), História da vida privada no Brasil, São Paulo: Companhia das Letras.

Zaluar, Alba (2004). Integração perversa: pobreza e tráfico de drogas. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro.

Downloads

Publicado

11/06/2019

Como Citar

Adorno, S. (2019). Fluxo de operações do crime organizado: questões conceituais e metodológicas | Flow of Organized Crime Operations: Conceptual and Methodological Issues. Revista Brasileira De Sociologia - RBS, 7(17). https://doi.org/10.20336/rbs.538