Revista Brasileira de Sociologia - RBS https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs <p>A <em>Revista Brasileira de Sociologia</em> - RBS é o periódico científico da Sociedade Brasileira de Sociologia. Lançada em 2013 e com periodicidade quadrimestral desde 2017, a revista tem como propósito divulgar e aprimorar a produção sociológica brasileira e internacional resultante de pesquisas originais e inéditas na área da Sociologia e das Ciências Sociais sobre as sociedades contemporâneas. A RBS se dirige ao público acadêmico e científico especializado, bem como ao público mais amplo interessado no debate sociológico. </p> <p>O escopo da <em>Revista Brasileira de Sociologia</em> inclui artigos de natureza acadêmica e didática, que apresentem reflexões teóricas originais e resultados de pesquisa empírica sobre temas relevantes para a sociologia contemporânea.</p> pt-BR <p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p> <ol> <li>Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_blank" rel="noopener">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_blank" rel="noopener">O Efeito do Acesso Livre</a>).</li> </ol> rbsociologia@sbsociologia.com.br (Regina Vargas) rbsociologia@sbsociologia.com.br (Webmaster) Sat, 13 Apr 2024 05:45:41 -0700 OJS 3.3.0.6 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Participação política de estudantes cotistas em universidades federais brasileiras https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/900 <p>O artigo apresenta um estudo de caso comparado em educação que investiga o envolvimento de estudantes cotistas na construção da política afirmativa em duas universidades federais. Utiliza o recurso metodológico da análise de conteúdo para examinar textos político-normativos, bem como entrevistas semiestruturadas realizadas com gestoras e gestores da macroestrutura universitária e com estudantes que são foco da política. Dá ênfase analítica às diferentes esferas de participação de estudantes cotistas nas universidades públicas. O arcabouço teórico-conceitual envolveu teorias de justiça social e decoloniais que, com intersecções, respaldam possibilidades de leitura ampliada sobre questões educacionais de ordem estrutural. Os resultados apontam que, nas duas universidades analisadas, as/os estudantes cotistas apresentam um protagonismo histórico ao lutarem e tensionarem por mudanças estruturais na busca por seus direitos. Desde a presença até as atuações organizadas, produziram avanços para a decolonização das estruturas institucionais reprodutoras de desigualdades sociais no campo acadêmico.</p> Rita de Cassia Soares de Souza Bueno, Neusa Chaves Batista Copyright (c) 2024 Rita de Cassia Soares de Souza Bueno, Neusa Chaves Batista https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/900 Sat, 13 Apr 2024 00:00:00 -0700 Deslocamentos para trabalho e lazer https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/937 <p>Neste artigo analisamos a mobilidade urbana de Fortaleza, Ceará, a partir dos deslocamentos para trabalho e lazer através de um <em>survey</em> realizado <em>online</em> em 2022 com 522 residentes da cidade e sua região metropolitana. O objetivo era entender como se dão os fluxos (origem/ destino) dos sujeitos e relacioná-los aos indicadores sociais, buscando compreender como a infraestrutura urbana disponível (incluindo o sistema de transportes e a oferta de vagas ou equipamentos) impactam nesses deslocamentos. A análise foi estratificada nas 12 Secretarias Executivas Regionais na qual a cidade está dividida e se percebeu diferenças significativas, criando a distinção entre a zona leste, dotada de melhor estrutura e o cinturão oeste-sul com maior vulnerabilidade, o que influencia as jornadas laborais e de lazer. No deslocamento para o trabalho, os usuários de automóveis particulares precisaram de menos tempo do que os do transporte público, e os bairros do leste foram os maiores destinos laborais, o que obriga aos residentes das periferias a longas jornadas diárias. Quanto ao usufruto do lazer no próprio bairro, a diferença entre leste e oeste chegou a 50 pontos percentuais, indicando menor oferta de equipamentos e menor frequência para estes residentes. Os locais de diversão mais frequentados estavam na zona leste e apesar dos residentes do lado oeste também os frequentarem, se concentraram principalmente em sua própria vizinhança. A segregação para o lazer também se deu dentro da periferia, com os residentes do sul não frequentando os espaços do oeste, apresentando uma cidade marcada por desigualdades e segregações.</p> Irapuan Peixoto Lima Filho Copyright (c) 2024 Irapuan Peixoto Lima Filho https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/937 Tue, 23 Apr 2024 00:00:00 -0700 As novas modalidades de “cerco” da criminalidade carioca https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/969 <p>A categoria “cerco” foi proposta por Machado da Silva e Leite (2007) como uma forma de descrever o sentimento de submissão a uma força coercitiva e violenta que produz constantes preocupação e receio de manifestações violentas, com frequência imprevisíveis, que impedem a circulação e o exercício das rotinas locais. Passados quase 20 anos dessa publicação, o Rio de Janeiro descrito pelos autores sofreu grandes transformações nas suas relações entre crime, Estado e moradores de favelas e periferias. A partir de uma análise comparativa de seis localidades, nosso objetivo foi identificar e descrever práticas de atuação de grupos armados nos territórios e os efeitos sobre os moradores dessas localidades. Dessa forma, identificamos como as novas modalidades de “cerco”, notadamente o “cerco pelo terror” e o “cerco panóptico”, implicam novos constrangimentos, riscos, dificuldades, incertezas, e novos tipos de resistência.</p> Lia de Mattos Rocha, Monique Carvalho, Jonathan da Motta Copyright (c) 2024 Lia de Mattos Rocha, Monique Carvalho, Jonathan da Motta https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/969 Tue, 04 Jun 2024 00:00:00 -0700 O Museu da Casa Brasileira entre legitimidade cultural e boa-vontade democrática https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/982 <p>Este artigo investiga como o Museu da Casa Brasileira, situado no antigo solar de um casal da elite paulistana, atende às demandas contemporâneas de “democratização cultural”. Se, no momento de sua fundação, o museu hesitou entre priorizar o mobiliário artístico representativo das classes dirigentes e, inversamente, as peças de valor histórico e antropológico emblemáticas de todos os grupos sociais do país, pode-se dizer que tal impasse se mantém operante até os dias atuais. A análise de documentos institucionais e de entrevistas com os responsáveis pelos principais setores da instituição revela uma política cultural dualista: ao promover tanto o design “erudito” valorizado pelo público cultivado quanto o referencial cotidiano da casa prezado por visitantes não versados em arquitetura doméstica, o MCB preserva sua legitimidade no universo dos <em>experts </em>e, a um só tempo, sinaliza sua “boa-vontade democrática”.</p> Juliana Cristina Shiraishi, Carolina Martins Pulici Copyright (c) 2024 Juliana Cristina Shiraishi, Carolina Martins Pulici https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/982 Tue, 23 Apr 2024 00:00:00 -0700 O Movimento dos Povos Originários Indígenas no Brasil https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/986 <p>O artigo focaliza os povos originários indígenas do Brasil e as lutas pela sobrevivência em seus territórios e por sistemas de controle jurídico democráticos, que garantam direitos já previstos ou a se adquirir nas vias constitucionais. São analisados dois momentos da trajetória: a década de 1970 até 1988 – com seus atores, lutas, apoios e conquista de direitos na Carta Magna; e o período de 2020 a 2023, quando se retoma a questão do Marco Temporal no plano das políticas públicas para a demarcação das terras indígenas e os embates e pressões sobre os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. O artigo apresenta fatos e narrativas sobre a tensão constante entre os atos de resistência e os ataques às comunidades dos povos indígenas, e a busca de apoios institucionais. A questão teórica diz respeito ao papel que a identidade étnica-cultural adquire nos últimos anos na luta dos movimentos sociais dos povos originários. Trata-se de uma luta humanitária, com inúmeras frentes, visando resistir para existir. Destacam-se o reconhecimento de saberes milenares desses povos sobre o meio ambiente e a sua biodiversidade e o protagonismo de mulheres e jovens indígenas nas lutas dos movimentos. </p> Maria Gloria Gohn Copyright (c) 2024 Maria Gloria Gohn https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/986 Tue, 23 Apr 2024 00:00:00 -0700 Sociologie et statistique, d’Auguste Comte à Pierre Bourdieu https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/1001 <p>Ce texte défend l’idée qu’il existe, au sein de la sociologie française, une tradition, méconnue et rarement mise en évidence, en matière d’usage des statistiques. Son originalité réside dans le fait qu’elle entreprend d’échapper à l’alternative habituelle de la défense inconditionnelle des statistiques et de sa critique systématique. Cette tradition française considère que les statistiques sont un outil potentiellement précieux, puissant et parfois irremplaçable, mais à la condition que l’usage qu’on en fait s’accompagne d’une réflexion à leur sujet. En ce sens, elle plaide pour un usage <em>réflexif </em>des statistiques en sociologie, c’est-à-dire un usage qui intègre une réflexion <em>sociologique </em>sur les statistiques, sur les limites de cet outil, sur ce que signifie et implique le fait d’y recourir en sociologie. Elle n’est pas générale, ni même sans doute majoritaire, au sein de la sociologie française mais elle tend à réunir d’éminentes figures de celle-ci. Cet article s’arrête sur Auguste Comte, les sociologues durkheimiens (particulièrement François Simiand et Maurice Halbwachs) et Pierre Bourdieu et s’emploie à faire apparaître, malgré les différences qui séparent ces trois sociologues (notamment du fait qu’ils ont travaillé à des époques différentes), une continuité dans leur réflexion sur les statistiques.</p> Julien Duval Copyright (c) 2024 Julien Duval https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/1001 Tue, 04 Jun 2024 00:00:00 -0700 Sociologia e estatística de Auguste Comte a Pierre Bourdieu https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/1002 <p>Este texto defende que existe, no interior da sociologia francesa, uma tradição pouco conhecida e raramente evidenciada do uso das estatísticas. Sua originalidade reside no esforço para escapar da alternativa habitual da defesa incondicional ou da crítica sistemática das estatísticas. Esta tradição considera que as estatísticas são uma ferramenta potencialmente preciosa, potente e, às vezes, incontornável, mas desde que o uso seja acompanhado de uma reflexão sobre seus limites e seu alcance. Neste sentido, convida a um uso reflexivo das estatísticas em sociologia, o que significa a integração entre a reflexão sociológica sobre os limites desta ferramenta, e sobre o que significa e implica recorrer a ela em sociologia. Embora não seja majoritária no interior da sociologia francesa, esta tradição tende a reunir figuras eminentes. O artigo se debruça sobre Augusto Comte, os sociólogos durkheimianos (particularmente Francois Simiand e Maurice Halbwachs) e Pierre Bourdieu, e se esforça em fazer aparecer, apesar das diferenças que separam estes sociólogos (especialmente pelo fato de terem trabalhado em épocas diferentes), uma continuidade em sua reflexão sobre as estatísticas.</p> Julien Duval Copyright (c) 2024 Julien Duval https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/1002 Tue, 04 Jun 2024 00:00:00 -0700